domingo, 29 de maio de 2011

Fusão intencional

No fotojornalismo, encontramos inúmeros exemplos de fusão intencional (a junção de dois ou mais objetos numa imagem de forma "chapada"). Na maioria das vezes em que encontramos a função intencional por aí, ela apresenta alguma significação - uma chacota, uma brincadeira... se mal utilizada, com certeza pode gerar algum embate ético.

Para evitar a fusão, o fotógrafo deve se posicionar de forma a pegar os objetos da fotografia em seus reais formatos e dimensões (por exemplo, não transformar algo tridimensional em 2D), além de buscar evitar a sensação de que um objeto está "colado" no outro. Mas se a fusão é intencional, essa colagem é feita propositalmente buscando dizer alguma coisa...

Eis um exemplo de fusão intencional, fotografada por mim:


Juninho, sai do lixo!


Não, eu não fiz nenhuma maldade dessas com meu colega querido... Na verdade ele não está dentro da lixeira... Apenas me posicionei ao fotografar de forma que parecesse que o colega está brotando do balde...

Como fizemos inúmeras fotografias nesse dia, a qualidade da imagem está ruim (mexemos tantas vezes nas configurações da máquina que deu nisso). Mas acho que deu pra mostrar o aprendizado!

:)

Textura e Padrão

Para a segunda atividade da semana, deveríamos fazer uma foto em que fosse possível observar a textura do objeto e outra em que houvese harmonia no padrão de repetição de um objeto ou de uma forma. Na fotografia de textura, era necessário estar muito atento à luz para que as sombras pudessem dar a real sensação das rugosidades do objeto.

Foto 1 - Textura do metal em um portão (acabou que essa foto englobou a textura do portão e também a idéia de padrão, pois os desenhos são simétricos e se repetem infinitamente da mesma forma)


Foto 2 - Padrão dos desenhos triangulares e cores em pisos quadrados que enfeitam o pátio do CAHL


Na verdade, aos poucos eu e os meus colegas percebemos que as opções de fotografias para padrão e textura eram inúmeras. Poderíamos inclusive fazer um ensaio fotográfico só sobre a temática texturas e padrões. Mas acho que o importante é estar atento às técnicas para que os objetos sejam representados de forma harmônica na fotografia...


Foto Borrada

Estamos chegando (acredito eu) às três últimas atividades do blog. Pelo menos, são as três últimas consideradas para avaliação. Acho que vou sentir falta desse exercício domingueiro de postar a aprendizagem nossa de toda semana!

Para conseguir o efeito de foto borrada, temos que deixar o valor do shutter baixo. E o que isso significa? Significa que o obturador terá uma velocidade maior, e que portanto muito provavelmente haverá captação de movimentos na imagem. 

Foi muito divertido fazer essas fotos. Na verdade, todo mundo olhava pra gente pulando, correndo, dançando no pátio do CAHL e creio que algumas pessoas me chamaram de doida por aí!

Utilizamos as seguintes configurações: ISO 125; F8 e Shutter 15 ou menor. Tínhamos que deixar as mãos firmes e paradas e ficar sem respirar ao fotografar para que tudo ficasse congelado na foto, exceto os elementos em movimento...

Várias fotos engraçadas vão aparecer por aí! Queria postar todas, mas colocarei apenas os três objetos solicitados pela professora...

OBJETO(S) 1- Juninho e Pablo fazendo uma dancinha legal!

Os alunos Edimilton e Pablo se divertem durante atividade de fotografia
 (opa... não precisava de legenda informativa! Hahaha)

OBJETO 2 - Carro passando na esquina do CAHL



OBJETO 3 - Ventilador na casa de Juninho (como não poderíamos alterar as configurações da máquina, a foto saiu escura... Mas deu pra pegar o movimento do ventilador parando de funcionar...)



terça-feira, 24 de maio de 2011

Denotação e Conotação... O óbvio e além!

Lembrando um pouco das aulas de português do já longíquo Ensino Médio, na última aula aprendemos que assim como as palavras, as imagens podem ter um sentido conotativo ou um sentido denotativo... ou os dois!

O sentido denotativo se refere ao significado mais óbvio e direto da coisa. O sentido conotativo por sua vez, engloba o acréscimo de outros significados, que vão além daquilo que se vê!

O exercício proposto para compreender denotação e conotação na fotografia foi o seguinte: Fazer a composição de um quadro fotográfico que expresse alguma emoção. Depois acrescentar uma legenda informativa e conotativa para a imagem e fazer um memorial da foto, como todos os elementos possíveis identificáveis...

Jovens são atingidos pela chamada "Crise do Quarto de Vida", caracterizada
pela depressão, solidão e insegurança devido às pressões da vida adulta.

Sentido denotativo da imagem -Um jovem sentado num muro, cabisbaixo e pensativo.
Sentido Conotativo - Pensei logo em utilizar nessa fotografia uma legenda sobre algo ligado à depressão, e descobri a "Crise do Quarto de Vida" ou "Crise dos 25" (Deus me livre!!!), trazendo uma informação que vai além do óbvio da imagem.


Memorial da foto:

Foco em Primeiro Plano
Uso de Moldura (o muro e os pilares de sustentação)
Regra dos Terços
Iluminação Diurna, sem uso de Flash
(Eu sei que a máquina é automática, e que pelo "acidente" fui dispensada mas...)
ISO: 80
Abertura: F 5.0
Sutter: a máquina não informa
Edição feita do site www.picnik.com
Uso dos efeitos "Suavizar" e "Sépia"


Hierarquia de elementos

Nessa atividade - que posto somente agora após problemas com um pendrive que partiu dessa pra uma melhor, nós tivemos que fotografar e colocar em evidência três diferentes tipos de elementos: vivos, móveis e fixos. Como o aprendizado é cumulativo, deveríamos além de registrar tais elementos utilizando Plano Conjunto e Regra dos Terços. Pra complementar, também foi solicitada uma legenda informativa! Seguem então as fotos que consegui (graças a Deus) refazer!

1) Elemento Vivo - elementos vivos em fotos normalmente são humanos ou animais. Escolhi o humano Rodrigo Valverde, na hora do lanche!

Devido à correria, estudantes trocam refeições saudáveis
 por lanches rápidos e prejudicam  a saúde
(Tá vendo, Val? Vá comer feijão!)

As fotos a seguir, fiz inspirada (tristemente inspirada) pelos terríveis acidentes de trânsito que ocorrem todos os fins de semana no trânsito cruzalmense, graças à irresponsabilidade dos condutores! Nesse fim de semana que passou, ocorreu um acidente muito próximo da minha casa. Dois jovens numa motocicleta bateram num poste e depois foram atropelados por um carro. Terrível!

2) Elementos Móveis - Consegui fotografar os elementos móveis se movendo de fato, além de registrar momentos claros de irresponsabilidade...

No trânsito de Cruz das Almas, condutores imprudentes dispensam
o uso dos equipamentos de segurança obrigatórios



Travessias perigosas são constantemente realizadas por
 ciclistas e pedestres, aumentando os  riscos de acidente

3) Elemento Fixo - Ainda na temática trânsito, nada mais fixo do que um poste com uma placa "Pare". Essa é a primeira fotografia que faço utilizando Regra dos Terços com a câmera na posição vertical!

Apesar das sinalizações, os índices de acidentes
de trânsito em Cruz das Almas são crescentes.
Pronto! Fim de papo!

domingo, 22 de maio de 2011

E agora, eu tenho a honra de apresentar pra vocês Os Enquadramentos!!!

Enquanto eu, Rafa e Jordane, não conseguimos recuperar as fotos das duas últimas atividades de um pen drive queimado, vou fazer aqui a postagem da atividade de enquadramentos, que foi a quarta atividade realizada pela turma nos aprendizados fotográficos.

Existem basicamente três categorias de enquadramentos: Planos Abertos, Planos Médios e Planos Fechados. Cada um desses enquadramentos possui subcategorias de enquadramento, que podem ser vistas nas fotos a seguir.

Abaixo, estão as fotografias realizadas pela Equipe Celina, Cinthia Tavares, Cintía Pina e Jordane Queila.

PLANOS ABERTOS

1) GRANDE PLANO GERAL – Plano aberto no qual se mostram, por exemplo, grades paisagens. Normalmente, não inclui pessoas. Essa foto é da vista da cidade de São Félix e do Rio Paraguassu a Partir da cidade de Cachoeira


2)PLANO GERAL – Também é um enquadramento aberto, mas mais recortado, podendo abranger pessoas nas fotografias. Agora têm-se uma foto da mesma vista de Cachoeira, dessa vez com elementos vivos compondo a paisagem.



PLANOS MÉDIOS
1) PLANO CONJUNTO – Trata-se de um plano médio, no qual no quadro da fotografia podem caber três ou quatro pessoas. Aí estamos eu, Cíntia e Queila no barzinho à beira do Rio.



2)PLANO MÉDIO – Normalmente, só cabe uma pessoa na foto, e esta é retratada da cintura pra cima.



3)PLANO AMERICANO – Também norteia-se a fotografia em plano americano para caber uma só pessoa na foto, mas agora, do joelho pra cima.



PLANOS FECHADOS - 
1)PRIMEIRO PLANO – O enquadramento em primeiro plano fotografa as pessoas com mais aproximação, dos ombros pra cima.





2)CLOSE – UP – Também chamado de Primeiríssimo Plano, é um primeiro plano ainda mais aproximado, mostrando detalhes como expressões e emoções.


3)PLANO DETALHE – Conforme o nome já nos diz, esse enquadramento mostra pequenos detalhes e é ainda mais aproximado do que o close up!


Nas próximas postagens, seguem os exercícios de hierarquia de elementos e sentidos conotativo e denotativo das imagens e legendas! :)

domingo, 8 de maio de 2011

Legendas...


Na última aula aprendemos a importância das legendas para as fotografias publicadas em veículos jornalísticos. A legenda é um recurso fundamental para o fotojornalismo, e acrecenta muito  ao  texto desde que sabiamente utilizada. É precisoque esta possua conteúdo informativo (ou seja, que acrescente algo ao leitor e que fale além da imagem e do texto jornalístico que acompanha). Legendas redundantes e ilustrativas, portanto, servem apenas para "encher linguíça"! 

Para reforçar o aprendizado, a tarefa dessa semana consistiu em elaborar duas fotografias, ambas contendo legendas informativas, e seguindo cada uma delas as seguintes regrinhas:

Foto 1 - Foto com enquadramento em Plano Conjunto, usando a Regra dos Terços;
Foto 2 - Foto em Primeiro Plano, com o objeto centralizado.

Escolhi fotografar algo que faz parte do cotidiano de praticamente todos que frequentam a UFRB: A lanchonete "CD Lanches", ponto de encontro da galera do CAHL.

Aqui segue o resultado:

A bicicleta que serviu para fazer as primeiras entregas de CD, hoje faz parte da ornamentação da lanchonete.

O microempresário Antônio Carlos Santos, mais conhecido como CD, trabalha há dez anos no ramo dos lanches em Cachoeira.


Mais uma missão cumprida!

domingo, 1 de maio de 2011

Composição fotográfica com vários elementos: Arrancando os cabelos!

Por mais que eu tenha achado bem interessante essa segunda atividade da semana (escolher quatro diferentes elementos e incluir TODOS eles na fotografia), não posso negar que essa foi a tarefa mais difícil. Acho inclusive que essa foi a tarefa que eu de fato, não consegui cumprir. Mas vamos lá...

Cada um de nós "criou" duas fotografias com quatro diferentes elementos de composição, devendo as duas fotos obrigatoriamente conter o uso da regra dos terços e a escolha de um enquadramento. Até aí tudo bem. Só que eu não fotografei aquilo que eu inventei, e sim o que um colega inventou! A dificuldade foi ainda maior, e a conjugação dos elementos parecia impossível... 

Foto 1: Regra dos Terços; Plano Médio; Perspectiva Lateral; Ponto de Fuga.


Meu objeto escolhido foi Jordane. Ela está em perspectiva lateral, sem dúvida! E o Plano Médio também foi executado, já que temos Jordane do joelho pra cima. É claro que se levarmos em consideração que caberiam pelo menos mais três dela nessa foto (tem muito espaço mais pra frente), não sei se poderia ser considerado plano médio. O problema é que eu precisava de um ponto de fuga...

A Regra dos Terços eu não sei bem se consegui executar. Acho que pra ficar melhor, Jordane tinha que ficar um pouco mais pra frente, pra coincidir com os pontos de intersecção das linhas imaginárias. Mas o tempo era curto e nós tínhamos ainda três fotos para conceber e executar! E eu já estava tomando muito tempo da colega, já que ainda tive que fazer a atividade da semana anterior.

Nessa foto o mais difícil foi sem dúvida arranjar um ponto de fuga. Meu Deus! Eu e Jordane rodamos a cidade inteira. Inclusive tentamos a ponte, mas um dos portões estava fechado, atrapalhando a composição. Tentamos uma rua mais aberta, e o ponto de fuga não se formou. Tentamos essa mesma rua em váaaarias perspectivas, até que enfim, ficando meio na lateral, na esquina e deixando a colega desse jeitinho aí, deu pra conseguir um ponto de fuga dessa rua lá ao fundo (deu, não deu?) Enfim: Missão quase impossível parte 1 completa!

Foto 2: Regra dos Terços; Grande Plano Geral; Perspectiva Aérea; Harmonia em Geometria




Essa imagem foi ainda mais difícil que a outra, e com o resultado menos satisfatório. Pra conseguir perspectiva aérea de um Grande Plano Geral, o único jeito era subir uma das ladeiras de Cachoeira. A harmonia em geometria até daria pra conseguir. Mas como colocar algo em regra dos terços?

Eu tentei, juro que eu tentei! Tentei da ladeira de todos os ângulos possíveis e imagináveis, mas quando eu incluía um elemento, necessariamente, o outro tinha que ficar de fora.

Essa foto foi a que mais se aproximou. É Grande Plano Geral. É de uma perspectiva aérea. Tem alguns elementos de harmonia em geometria (as escadas, o muro, os morros, os telhados)... mas até agora me pergunto: onde está a regra dos terços??? Eu poderia dizer que as escadas (de um lado ou do outro), estão em regra dos terços. Mas, existe regra dos terços dos dois lados? Qual é o objeto escolhido nessa foto, afinal? Infelizmente, eu me esforcei muito mas não consegui cumprir a segunda parte da missão. Com certeza, depois a professora vai me dar uma solução bem óbvia e eu vou dizer "é verdade! Como eu não pensei nisso?"

Fato é que executar uma foto com os elementos escolhidos por outra pessoa, e tendo que necessariamente incluir todos os elementos na composição não é nada fácil. Eu juro que se um dia tiver um editor-chefe que venha me dizer meticulosamente o que fazer numa foto, eu chuto o balde... Hahahaha! 

Foi interessante, mas quase impossível!

Dá uma colher de chá na próxima tarefa, pró! :)

Variações (Velocidade - abertura)

Uma das tarefas propostas na última semana serviu para sentir as variações numa fotografia a partir da mudança de elementos da máquina como velocidade do obturador (tempo de exposição) e abertura do diafragma (fator de exposição à luz). O objetivo era fazer quatro fotografias de um mesmo ambiente, com objetos em movimento, para que as variações desses elementos pudessem ser mais claramente observadas.

Escolhi fotografar o pátio da UFRB, que no meio da tarde sempre tem muita gente se mexendo pra lá e pra cá.

Nas primeiras fotos, mantive o mesmo ISO (sensibilidade) e abertura do diafragma, mudando de uma fotografia para a outra apenas a velocidade do obturador (shutter)

Foto 1: ISO:200 ; Abertura F 8.0; Shutter 250

Foto 2: ISO:200 ; Abertura F 8.0; Shutter 10
Quanto mais tempo o diafragma fica aberto, mais luz entra. Consequentemente mais tempo o sensor da máquina fica exposto. Conforme é possível notar, a primeira foto teve muito menos entrada de luz. Ocorre que o valor do shutter se refere à velocidade com que o obturador vai abrir e fechar, determinando portanto o tempo de exposição. Na primeira foto, essa velocidade foi de 1/250 segundos (um segundo dividido por duzentos e cinquenta . Nesse caso, como o obturador abre e fecha muito rápido, não dá tempo de entrar tanta luz (foto mais escura). Na segunda imagem, 1/10 avos de segundo representa um tempo bem maior. A luz tem mais tempo para entrar pelo obturador e afetar o sensor (afeta tão mais que a foto fica com esse aspecto estourado). É possível ainda perceber um efeito de mancha, devido ao movimento dos objetos fotografados. Ou seja, a exposição é tanta que se consegue capturar o movimento da pessoa (vejam a mulher no centro da foto).

Nas próximas duas fotos, a alteração feita foi na abertura do diafragma.

Com o diafragma, a relação bem é simples: com uma abertura maior, permite-se maior entrada de luz. Com a abertura, menor, menos luz entrará na fotografia. É como a pupila do olho humano, só que nesse caso, regulamos a "pupila" da máquina manualmente (diferente do que acontece com as máquinas digitais automáticas)

Foto 3: ISO 200; Abertura F 7.1; Shutter 50

Foto 4: ISO 200; Abertura F.2.8;  Shutter 50

Conforme esperado, deu pra perceber bem a diferença de entrada de luz em uma foto e na outra. O número de abertura do diafragma representado pelo F (Fator de exposição) possui a seguinte relação: um menor número indica uma abertura maior e portanto uma maior exposição à luz.

As imagens obtidas nessa tarefa são ótimas para ilustrar o quanto é importante saber conjugar sabiamente os elementos acima para obter na fotografia o efeito desejado pelo fotógrafo. 

Ainda sinto muitas dificuldades em ajustar a máquina manual pra que ela fique adequada à luz e ao ambiente. Mas tudo é uma questão de prática e o importante é continuar treinando com muita atenção e aguçando cada vez mais a sensibilidade!