domingo, 5 de junho de 2011

E afinal, o que ficou?

Eu sempre acreditei que todo estudante de jornalismo acredita ser um pouco escritor... e acho que agora eu e meus colegas nos sentimos um pouco fotógrafos também. Hahahaha... Brincadeiras à parte, isso não é necessariamente uma pretensão, mas o fato de conhecer as técnicas de fotografias mudam completamente a relação da gente com o aparelho e com o objeto a se fotografado. E isso faz sim, toda a diferença. O resultado final que o diga!

Esse semestre me possibilitou ensaiar um pouco das noções de fotografia que eu já conhecia de tanto ouvir, como a eliminação do desnecessário, a regra dos terços, a idéia de não deixar anda sobrando na fotografia pra cima, pra baixo, pros lados... mas também aprendi muitas coisas novas e que eu ainda acho que não domino. Os enquadramentos, por exemplo: foi muito importante conhecer mais sobre cada um deles. Também gostei de ter aprendido algumas técnicas que auxiliam nas fotografias mais artísticas como molduras, texturas, padrões...

 Descobri ainda algumas peculiaridades sobre o meu jeito de fotografar. Por exemplo, eu fotografo muito melhor os ambientes internos do que os externos, e tenho mais tato com a luz artificial do que com a iluminação natural do dia a dia. Mas foi essencial aprender a lidar com as situações adversas na hora de fotografar: as chuvas, a ausência de uma boa iluminação, o excesso de informações nos ambientes... tudo contribuiu para que eu aprendesse um pouquinho mais. E afinal, é esse ambiente adverso que vamos encarar na nossa profissão futuramente...

Pra mim as melhores experiências foram as de trabalhar com a iluminação e compreender a sua importância e como diferentes fontes agem de formas diferentes no resultado;e com as noções de perspectiva, que também me fizeram inovar nas minhas fotografias. Também ficaram marcados os estudos teóricos, em especial aqueles sobre oparator e spectador, que me fizeram vislumbrar melhor o olhar sobre um outro olhar, que é o ato de ver a fotografia, e o olhar sobre os olhos do aparelho. A parte técnica também me encantou bastante: foi muito útil compreender o quanto uma câmera guarda semelhança com o olho humano, mas como ela também é capaz se propiciar um outro tipo de perspectiva.

Por fim, a experiência de blogar as experimentações semanais foi realmente desafiadora. Confesso que às vezes, pelo excesso de atividade eu me sentia cansada e até desestimulada, mas ver o resultado final sempre compensava todo o trabalho. Ter um prazo pra entregar as tarefas também foi importante - confirmei mais uma vez, que sob pressão eu trabalho muito melhor do que "livre". E uma das melhores coisas foi poder acompanhar as atividades e os resultados dos colegas que a cada post me encantavam com seus trabalhos. Foi lindo ver as descobertas e as fotografias fantásticas que surgiram na nossa rede. Realmente encantador.

Relevando um pouco a brincadeira de nos sentirmos um pouco fotógrafos- não acho que domino as técnicas, nem que meus trabalhos foram excelentes, acho que o que realmente ficou foi a compreensão mais ampla do processo de fotografar, que vai muito além do simples apertar de um botão. Agucei a minha sensibilidade e hoje tenho muito mais noções de certo e errado, dos pecados e redenções nessa brincadeira de eternizar um instante numa imagem. Espero que toda essa fantástica experiência tenha sido apenas um abrir de portas para o longo caminho que eu e meus colegas, futuros jornalistas, teremos pela frente. É com satisfação que encerro aqui a experiências do blog, mas que levo comigo a sensação de que ainda termos muita coisa pra viver com uma câmera na mão e uma idéia na cabeça, parafraseando Glauber Rocha.

Obrigada a professora Alene e aos colegas pela gostosa experiência!

domingo, 29 de maio de 2011

Fusão intencional

No fotojornalismo, encontramos inúmeros exemplos de fusão intencional (a junção de dois ou mais objetos numa imagem de forma "chapada"). Na maioria das vezes em que encontramos a função intencional por aí, ela apresenta alguma significação - uma chacota, uma brincadeira... se mal utilizada, com certeza pode gerar algum embate ético.

Para evitar a fusão, o fotógrafo deve se posicionar de forma a pegar os objetos da fotografia em seus reais formatos e dimensões (por exemplo, não transformar algo tridimensional em 2D), além de buscar evitar a sensação de que um objeto está "colado" no outro. Mas se a fusão é intencional, essa colagem é feita propositalmente buscando dizer alguma coisa...

Eis um exemplo de fusão intencional, fotografada por mim:


Juninho, sai do lixo!


Não, eu não fiz nenhuma maldade dessas com meu colega querido... Na verdade ele não está dentro da lixeira... Apenas me posicionei ao fotografar de forma que parecesse que o colega está brotando do balde...

Como fizemos inúmeras fotografias nesse dia, a qualidade da imagem está ruim (mexemos tantas vezes nas configurações da máquina que deu nisso). Mas acho que deu pra mostrar o aprendizado!

:)

Textura e Padrão

Para a segunda atividade da semana, deveríamos fazer uma foto em que fosse possível observar a textura do objeto e outra em que houvese harmonia no padrão de repetição de um objeto ou de uma forma. Na fotografia de textura, era necessário estar muito atento à luz para que as sombras pudessem dar a real sensação das rugosidades do objeto.

Foto 1 - Textura do metal em um portão (acabou que essa foto englobou a textura do portão e também a idéia de padrão, pois os desenhos são simétricos e se repetem infinitamente da mesma forma)


Foto 2 - Padrão dos desenhos triangulares e cores em pisos quadrados que enfeitam o pátio do CAHL


Na verdade, aos poucos eu e os meus colegas percebemos que as opções de fotografias para padrão e textura eram inúmeras. Poderíamos inclusive fazer um ensaio fotográfico só sobre a temática texturas e padrões. Mas acho que o importante é estar atento às técnicas para que os objetos sejam representados de forma harmônica na fotografia...


Foto Borrada

Estamos chegando (acredito eu) às três últimas atividades do blog. Pelo menos, são as três últimas consideradas para avaliação. Acho que vou sentir falta desse exercício domingueiro de postar a aprendizagem nossa de toda semana!

Para conseguir o efeito de foto borrada, temos que deixar o valor do shutter baixo. E o que isso significa? Significa que o obturador terá uma velocidade maior, e que portanto muito provavelmente haverá captação de movimentos na imagem. 

Foi muito divertido fazer essas fotos. Na verdade, todo mundo olhava pra gente pulando, correndo, dançando no pátio do CAHL e creio que algumas pessoas me chamaram de doida por aí!

Utilizamos as seguintes configurações: ISO 125; F8 e Shutter 15 ou menor. Tínhamos que deixar as mãos firmes e paradas e ficar sem respirar ao fotografar para que tudo ficasse congelado na foto, exceto os elementos em movimento...

Várias fotos engraçadas vão aparecer por aí! Queria postar todas, mas colocarei apenas os três objetos solicitados pela professora...

OBJETO(S) 1- Juninho e Pablo fazendo uma dancinha legal!

Os alunos Edimilton e Pablo se divertem durante atividade de fotografia
 (opa... não precisava de legenda informativa! Hahaha)

OBJETO 2 - Carro passando na esquina do CAHL



OBJETO 3 - Ventilador na casa de Juninho (como não poderíamos alterar as configurações da máquina, a foto saiu escura... Mas deu pra pegar o movimento do ventilador parando de funcionar...)



terça-feira, 24 de maio de 2011

Denotação e Conotação... O óbvio e além!

Lembrando um pouco das aulas de português do já longíquo Ensino Médio, na última aula aprendemos que assim como as palavras, as imagens podem ter um sentido conotativo ou um sentido denotativo... ou os dois!

O sentido denotativo se refere ao significado mais óbvio e direto da coisa. O sentido conotativo por sua vez, engloba o acréscimo de outros significados, que vão além daquilo que se vê!

O exercício proposto para compreender denotação e conotação na fotografia foi o seguinte: Fazer a composição de um quadro fotográfico que expresse alguma emoção. Depois acrescentar uma legenda informativa e conotativa para a imagem e fazer um memorial da foto, como todos os elementos possíveis identificáveis...

Jovens são atingidos pela chamada "Crise do Quarto de Vida", caracterizada
pela depressão, solidão e insegurança devido às pressões da vida adulta.

Sentido denotativo da imagem -Um jovem sentado num muro, cabisbaixo e pensativo.
Sentido Conotativo - Pensei logo em utilizar nessa fotografia uma legenda sobre algo ligado à depressão, e descobri a "Crise do Quarto de Vida" ou "Crise dos 25" (Deus me livre!!!), trazendo uma informação que vai além do óbvio da imagem.


Memorial da foto:

Foco em Primeiro Plano
Uso de Moldura (o muro e os pilares de sustentação)
Regra dos Terços
Iluminação Diurna, sem uso de Flash
(Eu sei que a máquina é automática, e que pelo "acidente" fui dispensada mas...)
ISO: 80
Abertura: F 5.0
Sutter: a máquina não informa
Edição feita do site www.picnik.com
Uso dos efeitos "Suavizar" e "Sépia"


Hierarquia de elementos

Nessa atividade - que posto somente agora após problemas com um pendrive que partiu dessa pra uma melhor, nós tivemos que fotografar e colocar em evidência três diferentes tipos de elementos: vivos, móveis e fixos. Como o aprendizado é cumulativo, deveríamos além de registrar tais elementos utilizando Plano Conjunto e Regra dos Terços. Pra complementar, também foi solicitada uma legenda informativa! Seguem então as fotos que consegui (graças a Deus) refazer!

1) Elemento Vivo - elementos vivos em fotos normalmente são humanos ou animais. Escolhi o humano Rodrigo Valverde, na hora do lanche!

Devido à correria, estudantes trocam refeições saudáveis
 por lanches rápidos e prejudicam  a saúde
(Tá vendo, Val? Vá comer feijão!)

As fotos a seguir, fiz inspirada (tristemente inspirada) pelos terríveis acidentes de trânsito que ocorrem todos os fins de semana no trânsito cruzalmense, graças à irresponsabilidade dos condutores! Nesse fim de semana que passou, ocorreu um acidente muito próximo da minha casa. Dois jovens numa motocicleta bateram num poste e depois foram atropelados por um carro. Terrível!

2) Elementos Móveis - Consegui fotografar os elementos móveis se movendo de fato, além de registrar momentos claros de irresponsabilidade...

No trânsito de Cruz das Almas, condutores imprudentes dispensam
o uso dos equipamentos de segurança obrigatórios



Travessias perigosas são constantemente realizadas por
 ciclistas e pedestres, aumentando os  riscos de acidente

3) Elemento Fixo - Ainda na temática trânsito, nada mais fixo do que um poste com uma placa "Pare". Essa é a primeira fotografia que faço utilizando Regra dos Terços com a câmera na posição vertical!

Apesar das sinalizações, os índices de acidentes
de trânsito em Cruz das Almas são crescentes.
Pronto! Fim de papo!

domingo, 22 de maio de 2011

E agora, eu tenho a honra de apresentar pra vocês Os Enquadramentos!!!

Enquanto eu, Rafa e Jordane, não conseguimos recuperar as fotos das duas últimas atividades de um pen drive queimado, vou fazer aqui a postagem da atividade de enquadramentos, que foi a quarta atividade realizada pela turma nos aprendizados fotográficos.

Existem basicamente três categorias de enquadramentos: Planos Abertos, Planos Médios e Planos Fechados. Cada um desses enquadramentos possui subcategorias de enquadramento, que podem ser vistas nas fotos a seguir.

Abaixo, estão as fotografias realizadas pela Equipe Celina, Cinthia Tavares, Cintía Pina e Jordane Queila.

PLANOS ABERTOS

1) GRANDE PLANO GERAL – Plano aberto no qual se mostram, por exemplo, grades paisagens. Normalmente, não inclui pessoas. Essa foto é da vista da cidade de São Félix e do Rio Paraguassu a Partir da cidade de Cachoeira


2)PLANO GERAL – Também é um enquadramento aberto, mas mais recortado, podendo abranger pessoas nas fotografias. Agora têm-se uma foto da mesma vista de Cachoeira, dessa vez com elementos vivos compondo a paisagem.



PLANOS MÉDIOS
1) PLANO CONJUNTO – Trata-se de um plano médio, no qual no quadro da fotografia podem caber três ou quatro pessoas. Aí estamos eu, Cíntia e Queila no barzinho à beira do Rio.



2)PLANO MÉDIO – Normalmente, só cabe uma pessoa na foto, e esta é retratada da cintura pra cima.



3)PLANO AMERICANO – Também norteia-se a fotografia em plano americano para caber uma só pessoa na foto, mas agora, do joelho pra cima.



PLANOS FECHADOS - 
1)PRIMEIRO PLANO – O enquadramento em primeiro plano fotografa as pessoas com mais aproximação, dos ombros pra cima.





2)CLOSE – UP – Também chamado de Primeiríssimo Plano, é um primeiro plano ainda mais aproximado, mostrando detalhes como expressões e emoções.


3)PLANO DETALHE – Conforme o nome já nos diz, esse enquadramento mostra pequenos detalhes e é ainda mais aproximado do que o close up!


Nas próximas postagens, seguem os exercícios de hierarquia de elementos e sentidos conotativo e denotativo das imagens e legendas! :)