domingo, 17 de abril de 2011

Geometria e Moldura

Essa semana perdi a aula de fotojornalismo, então peguei a tarefa com meus colegas. Perder aula é ruim, sempre me sinto meio boiando...
Na aula anterior nós trabalhamos com planos e enquadramentos. Dando continuidade ao aprendizado da composição fotográfica, a atividade dessa semana foi relacionada a geometria e moldura.
A proposta da primeira experiência era que tirássemos uma fotografia em plano aberto que ressaltasse a geometria do ambiente. Pensei que executaria essa tarefa melhor em Salvador, onde existe uma paisagem urbana propícia a evidenciar a geometria em prédios, praças, casarões... mas como estava em Cachoeira, ao pensar em geometria, escolhi fotografar a vista para São Félix da orla de Cachoeira, que parece formar um triângulo, uma pirâmide... claro que não é perfeitamente geométrico, pois a imagem foi se formando aleatoriamente com as construções urbanas. Mesmo assim, é uma bela imagem!


Também considero elementos geométricos nessa foto o passeio formando um semicírculo e uma reta, as formas do poste em estilo antigo, a própria cruz lá no topo das casinhas de São Félix, os barcos e suas velas, os morros e suas formas arredondadas.

Para a segunda atividade, a missão era brincar com molduras usando um plano fechado. Em Cachoeira, escolhi como moldura uma janela, que parecia formar um quadro com as roupas estendidas dentro do casarão em frente ao prédio da UFRB. Pena que os fios de alta tensão teimaram em sair na foto...


Já em casa, resolvi procurar outros elementos para fotografar. Fiz a moldura com o espelho do banheiro, usando Caio como meu modelo fotográfico (obrigada pela boa vontade!). Na primeira foto, só apareceu a imagem refletida dele. Na segunda foto, um pedacinho dele também apareceu, fora da moldura. Ainda bem que eu consegui não sair refletida, ia estragar minha composição...




Por fim, brinquei usando um rolo de papel higiênico para criar esse efeito de moldura circular. Pensei num telescópio, ou algo assim.

Fiz as últimas fotos em preto e branco, mas acho que a missão foi cumprida!

domingo, 3 de abril de 2011

De um ponto de vista ou de outro...

Diferentes ângulos, luzes e enquadramentos podem trazer inúmeros olhares de uma mesma coisa. É incrível como igrejas fotografadas de baixo pra cima parecem muito mais imponentes; como objetos mais próximos sempre parecem maiores; e como a depender da posição do fotógrafo, uma pirâmide pode ou não ser piramidal. A atividade dessa semana, consiste justamente em trazer perspectivas diferentes de um mesmo objeto.

Dessa vez escolhi fotografar lápis de cor (vários deles)! Achei que daria pra brincar com formatos, tamanhos e cores. Os resultados obtidos foram bem diferentes uns dos outros, e as possibilidades são praticamente infinitas!

Na primeira imagem, quis preservar ao máximo os tamanhos e proporções reais dos lápis - ainda assim não consegui o que eu queria. Pra isso, eu os coloquei em posição deitada em cima da mesa e fotografei de cima. A iluminação em meu apartamento não é tão boa, e tive problemas com o flash nessa foto. 


Na segunda foto, trouxe os lápis para a borda da mesa deixando as pontas para fora, e me posicionei de forma a tentar enquadrar apenas os lápis e nada mais. Também tentei encostar visualmente as pontas do lápis nas bordas inferiores da foto. O resultado foi que as pontas pareceram bem maiores, e os lápis bem compridos. Também obtive um leve efeito de convergência lá no “horizonte”. Gostei dessa!


Agora, resolvi brincar com luz e posição. Iluminei de cima e enquadrei apenas nas pontinhas dos lápis. O efeito da sombra das pontas na borda da mesa foi intencional.


Na próxima imagem, encostei os lápis na parede, de forma levemente inclinada. Os lápis estavam praticamente na mesma posição, mas os mais afastados pareceram muito mais pra dentro do “túnel”, além de menores. A sombra na parede formou um triângulo com os lápis.


Nessa agora, tentei ampliar o comprimento dos lápis e fotografei de baixo pra cima. Eles ficaram maiores e mais largos na parte inferior.

Com um a luz posicionada na lateral, fiz o lápis parecer bem maior do que realmente é ao projetar uma sombra bem comprida na mesa...

Agora resolvi brincar com posições menos usuais. Amarrei os lápis num elástico, girei fazendo uma flor. A foto foi tirada de cima pra baixo. Também houve aqui uma sensação de que as pontas são mais grossas e maiores.

Saí um pouco do óbvio e fotografei o fundo dos lápis, além do seu comprimento. Ficou interessante.


 
Se a intenção era conseguir diversos olhares de uma mesma coisa, acho que a atividade foi bem proveitosa.  Despertei pra idéia de que podemos obter efeitos muito interessantes saindo da posição “natural” e das perspectivas mais usuais.